Causas, circunstâncias e continuidade
Que influência das ações durante a vida têm no momento da morte, já que esse momento é tão caótico e qualquer coisa pode acontecer? Como algo pode continuar de uma vida para a outra sem um substrato?
O que carrega a continuidade de uma vida para a outra?
"No budismo se diz que no período intermediário entre as vidas é muito mais fácil dar grandes guinadas cármicas, que é muito mais fácil do que como seres humanos ou animais, etc., e que por isso é tão importante morrer bem. Assim, por que deveríamos dar importância aos nossos atos nessa vida, sendo que o momento após a morte parece tão mais importante?"
Na verdade é importante agir bem nessa vida, de forma ética, não só para aumentar as chances de felicidade, mas como treinamento da mente. A mente que cultiva a ética mais facilmente cultiva outras qualidades de estabilidade que são úteis no momento da morte — isto é, sem ética é difícil meditar, e sem meditar é difícil ética. Sem se portar bem, e cultivar ética, o momento da morte é mais caótico, e temos menos chance de lidar bem com o caos.
Se esse momento é realmente bem aproveitado, há um grande potencial de um nascimento que traga benefícios aos seres. Então no momento da morte é importante estar preparado e fazer repetidas aspirações, uma vez que "podemos sonhar qualquer coisa", e esse potencial vasto não deve ser desperdiçado. No entanto, sem a preparação durante a vida, a morte é apenas tão caótica como normalmente nossos sonhos durante a noite, e de fato, se nossos sonhos estão direcionados para atividades positivas e o darma, isso é um sinal de que nossa prática vai bem.
"Se as coisas são vazias de existência intrínseca, a individualidade da mente muito sutil que permeia entre as vidas está depositada aonde? Como ela se mantem de modo causal por um tempo infinito entre as vidas dos seres, de modo individual, e não se dissipa entre o espaço, ou para outros seres, ou se torna outra coisa?"
Não, o que chamamos de individualidade está ligado a hábitos, que são o que formam os corpos e experiências, e também a noção de que há um possuidor. São os hábitos que formam uma noção (falsa) de individualidade, e de uma individualidade que sente continuidade e descontinuidade.
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